sexta-feira, 30 de agosto de 2013

poema-colagem, Rui Pires Cabral

BROKEN, de Rui Pires Cabral,
foi composto e paginado
por Inês Mateus, cabendo
a impressão e os acabamentos
à Guide. Fez-se uma tiragem de
150 exemplares numerados e assinados
pelo autor no dia 22 de Maio de 2013,
primeiro aniversário do PARALELO W.
logo de Luís Manuel Gaspar
Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também do autor os títulos: “Oráculos de Cabeceira” pela Averno e “Biblioteca dos Rapazes” pela Pianola editores, participação em “Labrador” e “Telhados de Vidro” n.º 18]

poema-colagem, álbum #1, 2013

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

100% lã - tintura natural

lhana – CACHARELA

Fio 100% lã indicado para malha, crochet e tecelagem, fiado à mão em roca e fuso manual. Composto por dois fios torcidos manualmente em torno tradicional no Planalto Mirandês.

O Projeto LHANA surge com o propósito de dar utilidade à lã de raças de ovelhas autóctones portuguesas, pagando um preço justo pela lã de rebanhos locais e impulsionando ofícios em desuso como a fiação manual, a malha e a tecelagem.

Disponível em meadas de lã 100gr com tintura natural (amora, cebola, celidónia, lirio-dos-tintureiros, rosmaninho, phytolaca e phytolaca sp.) e meadas de lã 100gr s/ tintura

«Em regiões onde predomina a pastorícia de ovinos, a lã constitui a matéria – prima primordial das vestimentas tradicionais. Os ovinos da Raça Churra Galega Mirandesa são reconhecidos pela sua aptidão para a carne, mas também pelas fibras de lã forte e compridas usadas tradicionalmente para o fabrico das capas de honra Mirandesas, casacos, meias e tapetes de artesanato regional. A mecanização veio facilitar os modos de produção, acabando até em muitos casos por suprimir processos artesanais que hoje, só os mais antigos sabem contar. Actualmente a lã não tem valor de mercado, na maioria dos casos os produtores vendem-na a preços irrisórios que não cobrem sequer os encargos com a tosquia. 

Assiste-se portanto ao desaproveitamento de um recurso com grande potencial, que poderia incrementar o rendimento de pastores e criadores e ser uma mais-valia em termos de valorização das raças autóctones de ovinos. Com esta actividade pretendemos alertar para a importância da valorização de um produto com uma grande importância em termos sociais e culturais, bem como divulgar as práticas tradicionais relacionadas com a sua transformação.» (Actividades Rurais em Extinção – O Ciclo da Lã – Do Pastoreio ao Tear, Associação ALDEIA)

O projecto Lhana pretende valorizar um recurso que se encontrava subaproveitado - a lã de ovelha. Com isso, pretende revitalizar os antigos ofícios ligados ao trabalho da lã, e ver reconhecido o importante ofício de pastor e fomentar a pastorícia de percurso altamente importante para a conservação da biodiversidade do Planalto Mirandês.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Boletim Cultural, Liceu Camilo Castelo Branco

Boletim Cultural n.º 19, Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Vila Real

Discurso do Senhor Coordenador do Boletim Cultural:
«Boletim Cultural é uma revista artístico-literária e científica, propriedade da Escola Secundária Camilo Castelo Branco. Desde o seu nascimento pretende ser (e tem sido) aberta a diferentes sensibilidades e temas culturais, artísticos e científicos, preenchendo um espaço que não existia, e ainda campo de cultivo não vedado, um meio de publicação e incentivo à produção de todos aqueles cuja vida é questionar e intervir em diálogo e movimento, como se pode ler no seu editorial incluso no nº 0.

O primeiro número vindo a lume, o Zero, datado de Setembro de 1990, foi apresentado em sessão pública, no dia 19 de Outubro do mesmo ano, na Sala de Professores desta Escola.
A pluralidade temática tratada no Boletim Cultural, ao longo dos tempos, abrange diversas áreas do saber situadas ao nível do ensino básico, secundário e universitário, no âmbito da Literatura e Crítica Literária, Gramática, História, Filosofia, Física, Matemática, Biologia, Botânica, Ecologia, Música, Urbanismo, Gestão Escolar, Pedagogia, Biografismo, Ensaísmo, Informática, etc.

O Boletim Cultural tem contado com a valiosíssima colaboração de escritores consagrados, caricaturistas de renome, professores de todos os graus de ensino, mas também com a participação, não menos importante, de alunos e especialistas de diversas outras áreas.
No dia 16 de março passa o centésimo octagésimo oitavo ano do nascimento de Camilo Castelo Branco, o patrono desta escola, oficialmente, desde 1919 (há 94 anos).
O Boletim Cultural vai fazer 23 anos e hoje, 15 de março, apresentamos a edição nº 19, que exigiu chamar-se “ O 21” e já veremos porquê.

Boletim Cultural é uma revista que se manifesta sobretudo pela continuidade e pela rutura: oculta o que se vê e mostra o que se oculta. Necessário é que o leitor tenha a pa-ciência de ler o que está debaixo das palavras, dos desenhos, dos símbolos.
A capa, por exemplo, vale sobretudo por aquilo que se mostra e se escapa e se mostra de novo…
À primeira vista, é uma capa cinzenta, acabrunhante, cor do nevoeiro pesado e de muitas almas;
Depois, se não em primeiro, traços verticais, horizontais, hieroglíficos que nada dizem, pois são preguiçosos (como todos os textos).

Mas, vejamos:
- O fundo é a fotografia de uma das pedras da entrada do Liceu, que entre outras coisas, pode representar a firmeza, a verticalidade, o telurismo, a permanente continuidade;
- Os arabescos ou traços, ora escondem, ora mostra: B C XXI;
- Vendo bem, este Boletim tem o nº 19, mas é designado por “O 21”.
- Na verdade, trata-se da 21º número, pois em 1990 saiu o 0(zero), e em 1998, uma edição especial não numerada, com textos exclusivamente de antigos alunos.
- Assim sendo, tem razão o 21, que quis rasgar o nevoeiro da capa e do início do séc. XXI e mostrar que o dia 21 de março é o primeiro da primavera, tempo de ressurgir, que o simbólico interior da capa realça com o colorido dos 21 desenhos/pinturas, bem como com os motivos selecionados que exortam à viagem, sem medo dos monstros do nosso mesquinho quotidiano.
Afinal, o Boletim quer dizer que a capacidade de Sonhar, de descobrir novos horizontes é importante, e que é nos momentos de maior desencanto, de Nevoeiro, que mais precisamos do colorido das ideias.

Agradecimentos:
À Direção da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco pelo carinho e entusiasmo com que tem vindo a abraçar este projeto;
À Associação dos Antigos Alunos do Liceu Camilo Castelo Branco, pela dedicação e firmeza que dão ao Boletim;
Aos professores de Artes, nomeadamente Professora Graça Campolargo e Professor Márcio Pontes, pelo engenho e arte na conceção da capa;
À Filandorra, Teatro do Nordeste, pelo emocionante momento de representação teatral;
A todos os colaboradores que, com os seus trabalhos, tornaram realidade esta edição;
À Professora Delfina Rodrigues, por ter aceitado o convite para apresentar o resultado final deste projeto, tarefa que realizou com requinte, abrangência, e descontraída elevação.»
Coordenador do Boletim Cultural, Professor Henrique Morgado, 15/03/2013

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[recordamos que na livraria Traga-Mundos em Vila Real se encontram disponíveis os seguintes números do referido "Boletim Cultural da Escola Secundária Camilo Castelo Branco": n.º 2 de Setembro 1991, n.º 3 de Maio 1992, n.º 4 de Dezembro 1992, n.º 5 de Maio 1993, n.º 6 de Março 1994, n.º 7 de Junho 1998, Número Especial de Dezembro 1998, n.º 8 de Setembro 2000, n.º 9 de Dezembro 2001, n.º 10 de Março 2004, n.º 11 de Março 2005, n.º 12 de Dezembro 2006, n.º 13 de Março 2007, n.º 14 de Março 2008, n.º 15 de Março 2009, n.º 16 de Março 2010, n.º 17 de Março 2011 e o n.º 18 de Março 2012]

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Casa de Bragança

“A Casa de Bragança” de Ernesto Rodrigues

D. Pedro e D. Inês de Castro casaram em Bragança, onde lhes nasceu o segundo filho, D. João de Portugal e Castro, calhado para um trono que as vicissitudes da História entregaram ao meio-irmão D. João I. Essa figura é reabilitada na memória de amigos que com ele conviveram até às vésperas da morte, em 1398. A casa da família Roiz triangula a igreja de Santa Maria e a DomusMunicipalis, outras moradas dentro da vila e cidadela, o que significa contar as origens do burgo, a construção do castelo e a linhagem dos Rodrigues, num lapso de mil anos.
A narrativa é organizada por Afonso Roiz, cujo pai tanto pode ser D. João de Castro como o sobrinho D. Afonso, primogénito do mestre de Avis e primeiro duque de Bragança. As suas andanças pela Europa, com o futuro regente D. Pedro (1425-1428); a participação no desastre de Tânger (1437), já companheiro de D. Fernando, Infante Santo, em Fez (1443); a amizade com o segundo duque, D. Fernando I, e presença no arraial de Ceuta, donde trouxe carta de foral dirigida à nova cidade (20 de Fevereiro de 1464) eis retrato singular de Quatrocentos.   
Essas duas partes ficaram impressas em fólios que outro Afonso Rodrigues (nado em 1956) colige: não só acompanha, aos oito anos, as celebrações do quinto centenário do foral (1964), como, meio século depois, resolve enigmas da sua vida.

Ernesto Rodrigues (Torre de Dona Chama, 1956) é poeta, ficcionista, crítico e ensaísta, editor literário, tradutor de húngaro. Professor auxiliar com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, preside à direcção da Academia de Letras de Trás-os-Montes.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[disponível também do autor os seguintes títulos: “Do Movimento Operário e Outras Viagens” (poesia) e “António José Saraiva e Luísa Dacosta: correspondência” (edição)]

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Azeite transmontano de excelência!

Lagar da Sancha azeite virgem extra, 
Sabrosa – Douro, Terras de Fernão Magalhães, 
produzido e embalado por António Morgado

disponível em garrafa (0,25L e 0,5L), em lata (0,5L), em jerrican (2L)


O Lagar da Sancha é uma empresa familiar que se dedica ao cultivo de oliveiras e à produção e venda directa de azeite. A relação directa com o cliente é a melhor garantia de pureza e de qualidade do azeite produzido e comercializado por esta empresa.
Os olivais do Lagar da Sancha situa-se no Concelho de Sabrosa, no Distrito de Vila Real. Esta localização é uma zona geográfica de excelência para produção de azeite e de vinho.
O Lagar da Sancha realiza a colheita da azeitona com o máximo cuidado, de forma a garantir o bom estado de recepção da mesma no lagar. No lagar, conjugando os processos tradicionais de produção de azeite com os mais modernos processos de extracção, é obtido da azeitona limpa e fresca, e unicamente por processos mecânicos (sem intervenção de agentes químicos), o azeite virgem extra Lagar da Sancha.
O azeite Lagar da Sancha é armazenado em depósitos de aço inox em ambiente inerte a uma temperatura óptima.
O azeite armazenado é continuamente monitorizado e analisado para controlar a manutenção da sua qualidade na fase de armazenamento.

Os olivais do Lagar da Sancha localizam-se em zona demarcada do Vinho do Porto de onde advêm muitas das suas características de excelência. As oliveiras são de castas distintas: Verdeal, Cordovil, Cobrançosa e Madural.
O olival do Lagar da Sancha possui sete hectares, possui 1.117 pés de oliveira e situa-se numa encosta voltada a nascente, no Concelho de Sabrosa - Distrito de Vila Real. Os olivais confrontam com o rio Pinhão, afluente do rio Douro, na localidade com o mesmo nome. Abrigados dos ventos da Serra do Marão, os olivais estendem-se por cerca de sete hectares onde produzem oliveiras de castas distintas que dão o paladar ao produto final. A maioria dessas oliveiras são centenárias.
A configuração do terreno, muito acidentado, e a referida localização conferem ao local um microclima que se reflete nas caracteristicas do azeite produzido.

O olival Lagar da Sancha é SUSTENTÁVEL porque a oliveira é uma cultura mediterrânica excelentemente adaptada aos factores ambientais, ao clima e ao solo dos terrenos onde se encontra este olival. Esta realidade permite minimizar a utilização de químicos no tratamento das oliveiras e no controlo de pragas.
O azeite Lagar da Sancha pode apresentar alguma turvação ou solidificar quando sujeito à diminuição da temperatura ambiente. Este facto acontece porque este azeite é um azeite virgem 100% puro.

A intenção do Lagar da Sancha é prosseguir na valorização nacional e internacional do azeite produzido no interior transmontano. Isso só é possível continuando a apostar na excelência do azeite que é produzido.

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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Saberes etnográficos do castanheiro e da castanha

“Memórias da Maria Castanha” de Jorge Lage
- vocabulário, variedades de castanhas, expressões, provérbios, receitas tradicionais e outros saberes etnográficos do castanheiro -

«Num almoço de Natal, no Centro de Dia da Arrifana, concelho da Guarda, ouvi a um utente as palavras: «castanhas caniçadas». Estas palavras estranhas e belas para mim foram o clique para um novo livro, «Memórias da Maria Castanha».
Parecia, de início, uma tarefa simples e rápida, que acabaram por se tornar num mar de trabalho, percorrendo mais de 50 municípios, mais de 50 lares de idosos, centros de dia e de convívio e milhares de quilómetros, desde o Algarve ao Minho, passando por Trás-os-Montes, Beiras e até às ilhas incluindo.
O livro, em formato de 17 X 24 cm, com mais de 300 páginas e a capa plastificada, acaba por se assumir como o completar de uma trilogia, depois da publicação de «A Castanha Saberes e Sabores» e «Castanea uma dádiva dos deuses». É um livro um pouco diferente dos dois anteriores, procurando preservar a memória imaterial e telúrica em torno do castanheiro e da castanha. Tem um índice remissivo por concelho, sendo mais fácil a consulta, constando, ainda, a dendrotoponímia do castanheiro e os brasões dos municípios e das freguesias, em 2012, que incorporam castanheiros, castanhas e ouriços.

No Prefácio, o escritor, Pires Cabral, diz que o autor, «sentindo que tinha ainda muito que estudar, investigar e divulgar sobre a castanha, resolveu arredondar aquelas duas obras numa trilogia, acrescentando-lhes estas Memórias da Maria Castanha – Vocabulário, variedades de castanhas, expressões, provérbios, receitas tradicionais e outros saberes etnográficos do castanheiro. (…) Estas Memórias são uma espécie de vade-mécum da relação do povo com a castanha. (…) Por isso aconselho a sua leitura pausada, como se tratasse de um romance amável, feita naqueles momentos em que acorda dentro de nós o apelo da ruralidade, que só se sacia indo às fontes».
É um trabalho de investigação que se persegue há cerca de década e meia, em especial nos dois últimos anos. É mais um livro etnográfico de consulta e uma das grandes novidades é o inventário das variedades de castanhas em Portugal, que ronda as 200, à semelhança do que investigadores galegos tinham feito na Galiza.» Jorge Lage


«E agradeço todo o trabalho etnográfico que estás a fazer, com todo o seu valor que para nós é imenso, mas pouco reconhecido e ainda menos agradecido» José Posada (última mensagem trocada com o autor antes de falecer a 14-01-2013, em Ourense, Galiza)

«Jorge Lage reapareceu com “Memórias da Maria Castanha”, última investigação sobre o tema que o transformou no mais esclarecido autor sobre a castanha. O vocabulário, a variedade, as expressões, os provérbios, as receitas tradicionais e outros saberes etnográficos acerca do castanheiro passam por aqui. Este tema é sinónimo de riqueza Transmontana e este Autor tem vindo a tratar, com olhos de quem sabe e quer promover aqueles que desprezam uma riqueza à vista dos olhos.» Barroso da Fonte

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[disponível também do autor os seguintes títulos: “Castanea – uma dádiva dos deuses” e “As Maias – Entre Mitos e Crenças – lendas, castanhas, receitas e provérbios de Maio”]



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Aldeias raianas transmontanas


“O Leito e as Margens – Estratégias familiares de renovação e situações liminares em seis aldeias do Alto Trás-os-Montes raiano (1880-1988)” de Paula Godinho

A antropóloga Paula Godinho tenta perceber, num contexto que, nos últimos trinta anos, se vem distanciando da matriz agrícola, a extensão social da realidade casa, em seis aldeias do Alto Trás os Montes raiano, no tempo longo que vai de 1880 a 1987, com uma aproximação até à realidade de patrimonialização actual. (Ana Paula Guimarães)


«Este é um livro publicado em Janeiro de 2006 que tem como base um longo e exaustivo trabalho de campo na “raia” transmontana, desenvolvido entre 1982 e 1991, no qual a autora aprendeu a falar mirandês, galego e português transmontano. Um trabalho de campo que continuou e continua, 16 anos mais tarde, elucidando-nos sobre a diversidade cultural ibérica e as suas transformações nos espaços de fronteira. O formato base do livro foi a sua tese de mestrado em antropologia social, logo corrigida e aumentada. O primeiro que ressalta da publicação é a antropologia histórica que produz a autora, que é já parte da história antropológica da antropologia portuguesa e, atrever-me-ia, da antropologia disso a que chamamos Península Ibérica. Mas a autora não nos apresenta uma antropologia histórica apenas com base no seu trabalho de arquivo, senão que constrói uma antropologia das memórias sociais, com uso de documentos pessoais, literatura, histórias de vida e entrevistas em profundidade. 
Paula Godinho apresenta, nesta obra, uma etnografia multi-situada em seis aldeias da raia transmontana que fazem fronteira com os territórios do Estado espanhol. A autora, ao adoptar este procedimento metodológico, dá um salto qualitativo com respeito aos trabalhos já clássicos de Brian O´Neill, Joaquim Pais de Brito e outros, o que sem dúvida reforça o trabalho com “autoritas” e, também, com um quadro comparativo alargado. Este longo e dilatado processo de observação participante, com método comparativo, vê-se reforçado, ainda mais, com o rigoroso trabalho de arquivo. Através deste, e do seu cruzamento com a realidade observada, o leitor pode encontrar um quadro comparativo de tipo sócio-histórico (ex. estratégias de casamento, demografia...) que nos ajuda a entender melhor processos como o despovoamento do interior português. O excelente trabalho de Paula Godinho pode ser classificado, também, como uma etnografia de Trás-os-Montes, tornando-se incontornável para qualquer estudioso ou investigador que pretenda trabalhar lá. Ao mesmo tempo, a obra de Paula Godinho enquadra-se numa etnografia da fronteira luso-espanhola, dos seus olhares cruzados, das suas ambiguidades e das suas práticas sociais. Esta é uma etnografia que a autora chama de “identidades de orla”. Nelas têm uma especial relevância as relações que galegos e portugueses mantiveram na “raia” durante o último século, e o papel dos estados espanhol e português em desconfiar, travarem e limitar estas. Assim, a obra converte-se em leitura obrigatória para os investigadores sociais galegos que queiram compreender e interpretar o problema histórico da relação com Portugal e os portugueses. Torna-se por isso, num trabalho muito original, ao ter focado as relações com os territórios ibéricos de Castela e especialmente a Galiza. A estrutura da publicação está organizada em sete capítulos: Introdução, contexto, comunidade e relação com a terra, gravidez e nascimento, casamento, velhice, morte e herança, grupos juvenis e festa dos rapazes. 
No primeiro capítulo, a autora mostra-nos sobre uma “mesa nortenha” o problema de investigação: a ideologia da “casa” e a sua transformação com a emigração dos anos 1950, 60 e 70. Para isso convida ao banquete um leque de autores incontornáveis: João de Pina Cabral, Brian O´Neill, Carmelo Lisón Tolosana e outros. O resultado, que vem a seguir, é muito enriquecido pelo diálogo com esses autores e vem logo a seguir. No segundo capítulo, a autora caracteriza as povoações estudadas. Por um lado, lamentamos que numa obra publicada em 2006, os dados demográficos de evolução da população só atinjam o ano 1988, mas fica bem demonstrado que o povoamento e o despovoamento do interior rural português são fenómenos históricos. Por outro lado, queremos sublinhar que o leitor que vive e conhece Trás-os-Montes vai questionar o nome real das aldeias estudadas, pois a autora, seguindo princípios éticos para garantir a confidencialidade, vai utilizar topónimos fictícios. Se bem, é certo, que quem conhece o terreno que a autora estuda vai acabar por descobrir o nome real das aldeias, ajudado também pelas fotografias do fim da publicação. É este um procedimento diferente do historiador, e pessoalmente pensamos que se Paula Godinho colocasse no texto os nomes reais, as pessoas das comunidades estudadas não se sentiriam ofendidas pelas informações e interpretações da autora. 
O capítulo terceiro é uma magnífica apresentação da transformação da estrutura social rural transmontana. Utilizando o critério básico da propriedade e o uso da terra, cruza este com uma caracterização de tipos sociais (exemplo: lavradores, proprietários, jeireiros, criados, caseiros, rendeiros, meeiros, cabaneiros, pastores, vagamundos, ciganos). Este capítulo é um bom contributo para o questionar das imagens de homogeneidade das comunidades rurais transmontanas, tópico que não escapa a esta análise crítica de Paula Godinho. Os capítulos quarto, quinto, sexto e sétimo abordam os ciclos vitais e as trajectórias biográfico-rituais das aldeias estudadas. Aqui, são analisadas as estratégias de controlo da transmissão da propriedade através da herança, as mães solteiras, o apadrinhamento, a bastardia. A utilização de literatura oral, literatura escrita e etnografias constróem uma triangulação que ilumina, desde vários focos, o problema em causa. A autora empenha-se e consegue com grande brilhantismo, demonstrar que as aldeias nunca foram universos sociais fechados, analisando as estratégias de casamento: a endogamia de aldeia, a isogamia, o “casar acima” e outras. Também analisa o celibato, o retardo no casamento e as modalidades de residência (ex.: a residência nato-local pós-casamento). Não deixa tampouco de fora os prelúdios e rituais de iniciação ao casamento, o namoro, passagens de grande beleza etnográfica, nos quais a autora aponta as mudanças sociais desde o século XIX, em que o grupo doméstico desempenhava um papel mais importante na eleição do cônjuge, até aos tempos estudados pela autora, em que a comunidade e a livre eleição são também importantes. 
No capítulo sexto, Paula Godinho apresenta uma antropologia da velhice, da morte e da herança como sistema de transmissão de patrimónios. Aqui, analisa a herança pós-mortem, existente até os anos 1970, como uma estratégia de conservação indivisa do património familiar e como garantia dos cuidados dos filhos aos pais durante a sua velhice. No capítulo sétimo, a autora faz uma antropologia da juventude e de alguns rituais de afirmação da mesma como por exemplo as festas dos rapazes. Na conclusão e no posfácio escrito de 2005, a autora aponta alguns caminhos para continuar a investigação: o despovoamento, a urbanização de núcleos médios como Bragança ou Chaves, a continuidade da emigração, os “fogos apagados” ou vivendas sem gente, 11 meses por ano, a mudança tecnológica, o problema do desenvolvimento, as mudanças nos padrões de consumo e a patrimonialização das ruralidades. Em suma, uma obra que actua como espelho e que nos ensina a compreender melhor e a reflectir sobre o que fomos e estamos deixando de ser. Uma obra imprescindível que é já um ponto de referência na antropologia portuguesa e ibérica.» Prof. Dr. Xerardo Pereiro, UTAD [Barrosanis]


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[disponível também da autora os seguintes títulos: “Mundo Rural – Transformação e Resistência na Península Ibérica (Século XX)” com Dulce Freire e Inês Fonseca e “Festas de Inverno no Nordeste de Portugal – património, mercantilização e aporias da cultura popular”]

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Douro em base de mesa


base de mesa DOURO

gravura + cortiça
14 por 23 cm

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ensaio sobre a Lucidez


“O Sacerdote Adriano Botelho” de Cláudio Carneiro

«Em véspera de completar 82 anos de vida, Cláudio Amílcar Carneiro que nasceu em Chacim (Macedo de Cavaleiros) e que entre 1955 e 1957, prestou serviço militar em Goa e Mormugão, (na Índia Portuguesa) acaba de publicar o livro da sua vida, com o título supra.
Tem 504 páginas, numa bem conseguida edição da Chiado Editora e representa um esforço intelectual digno do maior apreço por advir de um Transmontano que não teve tempo de ser menino, por serem sete irmãos e terem todos que ser pastores e obreiros da terra árida do nordeste Transmontano. Teve que completar a escola primária durante a preparação militar, em Bragança. E, anos depois de regressar ao velho continente, já marido e pai, conseguiu concluir o ensino secundário e matricular-se em direito na Universidade de Lisboa. (...)
Altino Moreira Cardoso, outro autor Duriense escreveu o prefácio e resume estas 500 páginas em poucas mas sugestivas palavras: «Se me fosse lícito colocar este livro de Cláudio Carneiro, lado a lado com a simbologia de Saramago, dar-lhe-ia o subtítulo de Ensaio sobre a Lucidez. A narrativa comenta os últimos oitenta anos de Portugal utilizando como pivô a biografia de uma Padre (Adriano Botelho) que paroquiou diversos anos na área da grande Lisboa. Ao seu jeito coloquial, com fundas raízes rurais transmontanas, Cláudio Carneiro apresenta o drama recorrente de um país enganado, quer em ditadura quer em democracia, por espertalhões político-militares e sempre com um inteligente toque irónico, sempre atento, informado e crítico».
Este Sacerdote cujo nome real foi Adriano da Silva Pereira Botelho, terá nascido e sido baptizado em 14 de Outubro de 1908. Frequentou a Escola Primária em Cascais. Já órfão de pai e mãe entrou no Seminário de Santarém e foi ordenado sacerdote em Março de 1931 pelo então D. Manuel Gonçalves Cerejeia, que veio a ser Patriarca de Lisboa. O padre Adriano celebrou a Missa Nova em 5 de Abril seguinte e permaneceu nesse Seminário até 1935, como professor e prefeito. Seguiram-se alguns anos como pároco de sucessivas freguesias: Mafra e Alcainça, Sobral de Abelheira, S. Domingos da Rana e Carcavelos. Em 1940 foi transferido para a freguesia de S. Pedro de Alcântara, onde começou a ser vigiado e perseguido pela dureza das suas homilias a favor dos pobres. Foram dramáticos os cerca de vinte anos que aí passou. A polícia política do Estado Novo acabou por desterrá-lo para a Patagónia, em 1961, de onde regressou em 1963. Cláudio Carneiro desenvolve, sempre em linguagem cristã e pedagogicamente irrepreensível, estes cerca de 80 anos de vida de um pároco de aldeia. (...)» Por Barroso da Fonte, Dr. [Notícias do Douro]

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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O mundo fica irreal, mas não me importo


“O mundo fica irreal, mas não me importo” de Maria José Quintela

"soma as tuas madrugadas às lembranças
e algema-as na memória"

A poetisa Maria José Quintela, expõe a sua alma sensível através de imagens poéticas de extraordinária beleza, que os seus sonhos e desejos derramaram no papel.


"como estancar as coisas que explodem
dentro de nós,
se os estilhaços cravados na carne
criam raízes na memória?"

Maria José Quintela Claro da Fonseca nasceu em Vila Real, em 1955. Reside em Lamego desde 1959, onde é enfermeira.

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sábado, 17 de agosto de 2013

Artesanato ao vivo


A Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real foi convidada para animar eventos da Casinha de Cabo da Bila, com o objectivo de dinamizar a zona histórica e o seu comércio tradicional, apresentando os produtos que disponibiliza no seu espaço de loja – situada próxima, na Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28.


Neste âmbito, João Pinto Vieira da Costa irá estar com as suas artes de Flora de Brincadeiras (pássaros-pinha, colares, brincos e algumas loisas mais), executando algum trabalho ao vivo, no dia 20 de Agosto de 2013 (terça-feira), entre as 16h00 e as 19h30. APAREÇAM!

«O Gabinete de Apoio à Vítima de Vila Real inaugurou no passado dia 20 de Junho de 2013, a CASINHA DO CABO DA BILA (CCB), que se situa no Largo Almeida Garrett, na zona histórica, em Vila Real.
A CCB resulta da cooperação estabelecida entre três entidades – o Município de Vila Real, a Associação Comercial e Industria de Vila Real e a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – e tem como finalidade promover a cidade de Vila Real, a sua cultura, tradições, espaços a visitar e a realização de eventos. 
A CCB constitui ainda um exemplo de responsabilidade social, pela divulgação e apoio à missão da APAV, a qual passa, por apoiar vítimas de crime, suas famílias e amigos. 
A CCB será um espaço aberto a todas as pessoas que o queiram visitar.»


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Baseada em factos verídicos...


“Pairavam Abutres nas Arribas” de Mário Correia

«E quando no cimo da Rua da Igreja lhes saiu ao caminho o compadre regedor, Germán García – o Germano, como sempre lhe chamavam na aldeia da Freixiosa – não correspondeu à sua saudação e, olhando-o com desprezo, exclamou:
- Seu merdas! Seu merdas!
O compadre regedor nunca tinha visto tamanho ódio e desprezo na cara do Germán García e afastou-se sem nada mais dizer, acelerando o passo. Ninguém reparou mas sob as arribas pairavam abutres.»

Novela histórica cuja acção decorre em tempos da Guerra Civil de Espanha, vivida na aldeia raiana de Freixiosa (concelho de Miranda do Douro) e baseada em factos verídicos relatados por alguns dos seus habitantes, recolhidos pelo autor entre os anos de 1997 e 2012.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponíveis os seguintes títulos do autor: “Toques de Sinos na Terra de Miranda” – contém CD-ROM, “Histórias de Vida dos Gaiteiros do Planalto Mirandês ...Que de Fol’gaita Tocavam” e “Tamborileiros & Fraiteiros da Terra de Miranda”]


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Falar(es) do Zoio


“Falar(es) do Zoio – Uma aldeia bragançana em meados do séc. XX” de António Afonso Evangelista

Quem hoje, em 2012, tenha menos de 50 anos, terá muita dificuldade em imaginar como era o Zoio: uma pequena aldeia na Serra de Nogueira, no concelho de Bragança, e como era viver no Zoio, na década de 50 do século passado! Não apenas a aldeia em si, mas a vida sofrida que se vivia, que era quase completamente condicionada pelos árduos trabalhos que uma agricultura de subsistência exigia e pelo atraso, isolamento e esquecimento a que Trás-os-Montes esteve (e ainda está) votado. Então, se fosse inverno, o esforço de imaginação teria que ser bem maior! Parece que chovia durante dias sem fim, caíam frequentes nevadas e grandes nevões, que transformavam as ruas em autênticos lodaçais durante meses, por onde, apesar disso, era preciso caminhar. Um cenário lúgubre, atrasado, medieval, proporcionando condições de vida diria quase desumanas, a exigirem uma resignação e um espírito de sacrifício que, hoje, dificilmente, somos capazes de conceber, quanto mais de suportar. A quase totalidade das casas de habitação não tinha condições mínimas de habitabilidade: quase todas cobertas apenas de telha vã (não eram forradas), com poucos cómodos e escassa mobília, sem electricidade (chegou no dia de Consoada de 1977), nem água canalizada, nem casas de banho, claro. Pode parecer por este preâmbulo que a vida era miserável. Não, longe disso. As condições de vida, comparadas com as de agora, é que eram miseráveis. Mas parece que a gente vivia, atrevo-me a dizer, feliz e contente: conversava-se muito, cantava-se muito, assobiava-se muito, ria-se muito, brincava-se muito (miúdos e graúdos), dançava-se muito, práticas que hoje também já se foram. E era-se muito solidário.



Índice: Preâmbulo | As Minhas Razões | As Origens | O Aspecto da Aldeia nos Anos 50 | As Casas de Habitação e Anexos | A Economia | A Alimentação | A Educação | A Religião | O Vestuário e o Calçado | A Higiene | Os Grandes Trabalhos | A Decrua | A Plantação das Batatas | Os Fenos | A Vima | A Segada | A Acarreja | A Malha | A Trilha | A Arreiga das Batatas | A Sementeira | A Apanha das Castanhas | Os Grandes Momentos | A Mata-Porca | A Consoada | Os Reis | A Serra-da-Velha | A Páscoa | A Senhora da Serra | Figuras Típicas | O Ferrador | O Capador | O Latoeiro / Caldeireiro | O sombreireiro | Ceguinhos | O Retratista | Adebertimentos | Jogos de Força | Atirar o Calhau | Atirar o Ferro | Atirar a Relha | O Pulo | Jógo do Fito | Jógo dos Paus | Jogos de Cartas | Sueca | Chincalhão | Estendrete | Bisca de Nove | Bisca de Pintas | Burro | Roubão | Jogos de Azar | Bugalhas | Batota | A Vermelhinha (Burmelhinha) | Sete e meio | Raiola | Jogos de Garotos (e de Rapazes) | Pirogalo | Palma | Alar | Tiroliro | Quem-te-monta | Bilharda | Chicha | Ringue | Jogos de roda | O Lencinho | Jogo da Macaca | O anelzinho | ELUCIDÁRIO | Breves notas sobre a Fonologia, Morfologia e Sintaxe | Elucidário | Uma história tradicional em “Zoiês” | Posfácio

O autor nasceu a 4 de Outubro de 1942, em Lourenço Marques, Moçambique. Vem para o Zoio em 1944, onde fez a primária. Seminário de Vinhais, em 1952; Liceu de Bragança, em 1956; em 1960, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde frequentou Filologia Românica. Em Janeiro de 1964, cadete na Escola Prática de Infantaria, em Mafra. Em Julho de 1965 embarca para a Guiné, como alferes miliciano. Em Setembro de 1967, Paris. Em Julho de 1970, Lausanne, Suíça. Em 1973, Porto. Em 1974, Lisboa. Regressa ao Porto em 1978, onde vive. Fez toda a sua vida profissional, desde Novembro de 1967, ligado à informática de gestão. Casado com uma cidadã britânica desde Dezembro de 1973, tem cinco filhos e sete netos. O Zoio é, obviamente, a sua segunda casa.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também as seguintes monografias: “Guiães – História com Histórias Da Vila do Seixo” de João Pedro da Fonseca Timpeira, “Torre de Moncorvo – Município Tradicional” de Ilda Fernandes, “Sendim – Planalto Mirandês – Valores em Mudança no Final do Século XX” de Ana Isabel Afonso, “Sendin – Tierra de Miranda – Geografia e Toponímia” de Carlos Ferreira]


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Passeio pedestre às Fisgas de Ermelo (Alvão)


Passeio pedestre às Fisgas de Ermelo (Alvão)
dia 18 de Agosto de 2013 (domingo), pelas 7h30
por Lagoa Trekking
  


Em cada terceiro domingo do mês[*] a Lagoa Trekking organiza uma actividade para a Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real.
Assim, para Agosto, no dia 18, domingo, para se olhar e sentir um local mágico da natureza transmontana, propomos:

«Percurso circular, onde se pode desfrutar o rio Olo antes das suas grandes quedas. As Fisgas de Ermelo são o valor mais espetacular desta área protegida, com diversas alturas num percurso com cerca de 300 metros de desnível em cascatas sucessivas.
Com início na aldeia de Varzigueto e após uma suave subida deixamos o rio para trás e entramos no pinhal da Cabeça Grande pela vertente Norte.
Após uma curta travessia do pinhal, começa a ouvir-se o ruído da água, estamos no patamar superior das Fisgas de Ermelo.
Descida até ao fundo da grande queda onde desfrutaremos de descanso e banho na lagoa, aqui será o local para comer e esperar pela subida.
É hora de desfrutar deste lugar, sítio calmo onde só se sente o ruído da água. O regresso até Varzigueto, faz-se ao longo do leito do rio Ôlo depois de uma subida até às primeiras cascatas onde a água calma e silenciosa contrasta com a força e vigor da sua queda.»
Dificuldade: Média
Duração: ida e volta, com paragens, 4.30 h

O ponto de encontro é na Traga-Mundos, pelas 7h30, para organizarmos o transporte de todos os participantes – quem estiver mais próximo das Fisgas de Ermelo, o ponto de encontro será na aldeia de Varzigueto. Asseguramos igualmente mochila day pack, bastões de trekking, seguro de acidentes pessoais, boa disposição e um café na aldeia. É aconselhável cada levar calçado robusto e confortável, fato-de-banho e toalha, água para beber e, caso necessitar, comida leve e energética – e máquina-fotográfica para registar momentos inesquecíveis! Venha trekkar connosco...
Preço por participante: 15,00 euros – preço para estudantes: 13,00 euros (número mínimo de pessoas: 8, número máximo: 20)
Inscrições (até 17 de Agosto) na Traga-Mundos, ou pelos seguintes contactos: 259 103 113, 935 157 323,traga-mundos1@gmail.comtolagoa@gmail.com. Transferência bancária para NIB 0033 0000 45418719535 05.
[* Salvo outros compromissos por parte da Lagoa Trekking e/ou Traga-Mundos]
  


Há ainda a possibilidade de partilhar com o evento mensal da associação cultural DivulgaCaminho, sediada na Casa de São Francisco, na Boavista (Campeã), que envia o seguinte convite:

Irmãos caminhantes,

este mês a Divulgacaminho Associação Cultural convida para mais um evento,  em que nos podemos reunir para aproveitar um bocadinho do verão na companhia desta nossa linda família que cresce a cada dia. 
No próximo fim de semana de 17 e 18 de Agosto na Casa de S. Francisco haverá um encontro especial com muitas actividades para de alguma maneira nos sentir-mos mais perto da nossa:

Querida Mãe Natureza!

Programa:

Sábado:

09:00 - Yoga (exercícios saudáveis para o corpo e a mente)

14:00 - Oficina de construção de um Rocket Stove com material reciclado
(Cada participante poderá levar um fogão sustentável e ecológico para casa material necessário: latas utilizadas com forma cilíndrica: feijão, polpa, ananás)

Domingo:

07:00 - Passeio às lagoas escondidas das fisgas do ermelo com caminhada pelo Parque Natural do Alvão e banhos nas fisgas. 

14:00 -  Convívio na Casa de S. Francisco com comes e bebes, música ao vivo e piscina.

Passeio às fisgas: Sócios 7 ecos; Não-sócios: 15 ecos;   
Restantes actividades: donativos.

Bem-hajam e até Jah!
[informações e confirmações: 936374781]


Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- 16 de Agosto de 2013 (sexta-feira), pelas 21h00: inauguração de exposição de cerâmica de Cidália Damas e António Almeida (criarte – cerâmica artística);
- de 16 de Agosto a 4 de Setembro de 2013: exposição de cerâmica de Cidália Damas e António Almeida (criarte – cerâmica artística);
- 20 de Agosto de 2013 (terça-feira), das 16h30 às 19h30: animação de Casinha Cabo da Bila – João Pinto Vieira da Costa com as suas artes de Flora de Brincadeiras.