As pinturas não sabem voar. E por isso, tudo continuaremos a fazer para proteger a sua Montanha Sagrada.
Facto é que a obra iria começar em inícios de Setembro. Não começou. Graças a nós, graças a todos nós, graças a vocês! Somos agora um grupo de mais de 1000 elementos! Obrigada a todos!
Lutamos acima de tudo por um espaço de diálogo. Um espaço onde não se aceitasse o parque eólico como facto consumado e onde se pudesse reunir o máximo de informação sobre o património cultural e natural da Serra e sobre perspectivas acerca do ordenamento, gestão e valorização do seu território. A nossa ação tem-nos permitido ganhar esse espaço. A obra não começou mas pode começar a qualquer momento. Ganhámos tempo, espaço de debate mas é fundamental continuarmos a fazer ouvir a nossa voz até que pelo menos o parque eólico seja suspenso pelo tempo necessário aos estudos que permitam uma correcta ponderação do impacto dessa obra da Serra. Por isso é muito importante que se continue a assinar e divulgar a petição em curso:
Podem assinar online através deste link ou, se tiverem dificuldades, contactem-nos pois estamos em simultâneo a recolher assinaturas em papel.
Nada temos contra parques eólicos. Somos a favor de energias renováveis. Não quer isso dizer que se aceitem estas infraestruturas em qualquer lado, sem uma ponderação informada. No caso da Serra, acreditamos que a valorização do seu património cultural e natural se pode tornar numa aposta economicamente muito interessante para a população, uma aposta de longo termo para as gerações futuras e, em simultâneo, uma aposta ecológica e de qualidade de vida no centro de Trás-os-Montes.
Foi aprovada, em sede da Comissão Permanente da Assembleia Municipal de Mirandela, a realização de uma Assembleia Municipal extraordinária dedicada exclusivamente ao debate sobre o património da Serra e o Parque Eólico. A mesma terá lugar no próximo dia 11/11. Quem puder participe e acompanhe esta Assembleia. Assinar a petição, manifestar aqui o seu apoio é também uma forma de fazer chegar a nossa voz à Assembleia. E é importante que ela chegue!
No próximo sábado, dia 5, terá lugar em Mirandela um debate sobre "Ordenamento do Território e parques eólicos. O caso da Serra de Passos.", no Grande Hotel Dom Dinis, a partir das 15h. Este debate é organizado pela Associação Alter Ibi, pela Associação Mundis, em colaboração com a Unidade de Arqueologia e o Herbário da UTAD e patrocínio da IFRAO - Federação Internacional das Organizações de Arte Rupestre. Estão todos convidados. Participem!
Entretanto, nas últimas semanas vimos também, finalmente, avançar o processo de classificação, iniciado em 2014, de algumas áreas da Serra, como Sítio de Interesse Público. Neste momento temos um projecto de Parque Eólico completamente dentro de uma ZEP - Zona Especial de Proteção. Estas duas realidades são, na nossa opinião, absolutamente incompatíveis. Mirandela, mas também Valpaços (que também tem parte do seu território da Serra em vias de classificação) e ainda Murça (pois a Garraia faz parte da mesma unidade e tem já património arqueológico pré - histórico identificado) querem afinal concertar-se na valorização daquele espaço único e de raro valor ou cruzar os braços ante a sua desvalorização?
Já enviámos várias missivas aos grupos parlamentares, a várias entidades e associações. Continuaremos a fazê-lo.
Ficamos muito felizes com a tomada de posição pública de algumas pessoas, de vários quadrantes políticos, e de entidades, como o Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e a IFRAO. A discussão da nossa causa ganhou ultimamente espaço a nível nacional, no domínio político e na imprensa, mas também internacional, pela intervenção da IFRAO - que coordena mais de 60 organizações em todo o mundo ligadas ao estudo, proteção e valorização da arte rupestre.
Obrigada a todos, seguimos em frente! Juntos pela Serra, sem ventoinhas!
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