“Villa Juliana” de
Rui Ângelo Araújo
«Quão frágeis e
falíveis podem ser as percepções em que assenta a construção de uma identidade,
a formação de um carácter? Ou: quão capaz é a memória dessas percepções de
resistir ao confronto com outras percepções sobre os mesmos mitos ontológicos
de origem?
Uma mulher regressa
como hóspede num fim-de-semana de Inverno à casa onde viveu na adolescência,
agora transformada em alojamento para turismo de montanha. Não é uma excursão
nostálgica típica, mas, nas suas palavras, "um confronto em simultâneo
inquietante e voluntário com o passado: ia ficar na Villa Juliana, a casa onde
vivi até aos vinte anos, quando o meu pai era ali o médico da Companhia, antes
de se tornar o assassino da minha mãe".
Um desconhecido
chega a uma cidade ao acaso e conhece histórias e pessoas que o distraem das
razões porque conduziu fortuitamente centenas de quilómetros para se
transformar num anónimo. É o interlocutor perfeito para o recém-regressado
herdeiro de um solar com maneiras e discurso excêntricos.
Num restaurante da
serra sem outros clientes, dois homens convidam uma mulher para a sua mesa.
Fecha-se o círculo.»
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível
do autor o título: “Os Idiotas”, “Hotel do Norte”, “A Origem do Ódio – Crónica
de um Retiro Sentimental”]
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