Nesta edição de 16
páginas em torno das Lutas pelo Território, com capa ilustrada por Bego
Claveria, Marta Lança e Rita Natálio apresentam “Estratégias para acarrar:
Terra Batida”, uma sumula do projeto de artes e intervenção em curso; Téofilo
Fagundes lança “Uma perspectiva libertária sobre a Luta contra a Mineração” e
Filipe Nunes dá conta de uma serie de lutas em torno da poluição das águas e a
história dos protestos no Rio Alviela; e reflete ainda sobre as transformações
da paisagem no Alentejo em “Devedores à Terra”. No âmbito das residências Terra
Batida, Ana Rita Teodoro e Alina Ruiz Folini propõem um oráculo para “Ler Seres
Vegetais” e religar alimento e afeto; Sílvia das Fadas, a partir do anarquista
Gonçalves Correia que lhe inspirou o filme “Luz, Clarão, Fulgor” escreve uma
“Carta aos Rurais. Defensores da Terra chamados a cuidar da Terra” e Joana
Levi, a propósito da performance Rasante, escreve sobre cegonhas em “Lixo
Humano, Território Animal”.
O mote desta edição
comporta em «território» o desafio de se ultrapassar a redutora dimensão
ambiental dos conflitos, sublinhando o lado social e a capacidade
transformadora que estes processos desencadeiam. Nas comunidades e na relação
humana com a natureza, seja ela individual ou coletiva. No potencial de
subverter hierarquias ou os primados cegos da economia industrial. Na
possibilidade de se regenerar a paisagem a partir da participação plena e
direta das pessoas e de observação atenta do que os demais seres nos comunicam,
integrando esse saber natural no ato humano que é hoje uma «paisagem».
Sem comentários:
Enviar um comentário