“Falésia” de Vítor
Nogueira
(romance)
na capa ilustração
de Luís Manuel Gaspar
Num consultório, em
pleno transe hipnótico, Carlos Noronha é o narrador improvável de uma história
que atravessa gerações. Nos anos quarenta, durante a Segunda Guerra Mundial,
chega à Ericeira Otto Seelig, vinte e quatro anos de idade, apátrida nascido em
Berlim em 1919, refugiado, fotógrafo. Muitos anos mais tarde, também na
Ericeira, Marta Almeida instala-se na Pensão Miranda procurando obter
informações sobre um avô paterno que nunca conheceu. As pistas de que dispõe
são escassas e são já poucos os que conservam uma memória daqueles tempos.
Neste romance surpreendente, Vítor Nogueira visita uma época marcante na
história do século xx e os traumas que uma insólita mas não inverosímil
sucessão de acontecimentos pode provocar em várias gerações.
«Houve um tempo em que eu estava apaixonada por esse homem. E ríamo-nos muito e éramos felizes. Tanto quanto se consegue ser feliz com a sombra da guerra ao longe. Porque ele era um refugiado, Marta, certamente já percebeu. Um refugiado entre muitos que chegaram à Ericeira, um judeu nascido na Alemanha. A guerra faz dos tronos cadafalsos e dos louros faz ciprestes e das vitórias despojos. Foi com ele que aprendi.»
«Houve um tempo em que eu estava apaixonada por esse homem. E ríamo-nos muito e éramos felizes. Tanto quanto se consegue ser feliz com a sombra da guerra ao longe. Porque ele era um refugiado, Marta, certamente já percebeu. Um refugiado entre muitos que chegaram à Ericeira, um judeu nascido na Alemanha. A guerra faz dos tronos cadafalsos e dos louros faz ciprestes e das vitórias despojos. Foi com ele que aprendi.»
Vítor Nogueira
(novembro de 1966) nasceu em Vila Real, onde vive e trabalha como gestor
cultural. Entre outros equipamentos daquela cidade, dirigiu durante uma década
o Teatro Municipal e atualmente dirige a Biblioteca Pública. Tem cerca de duas
dezenas de livros publicados, nos domínios da poesia, da ficção e do ensaio.
Disponível
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também
disponível do autor os títulos: “Bagagem de Mão”, “Mar Largo”, “Modo Fácil de
Copiar uma Cidade”pela &etc.; “Que Diremos Nós Que Viva”, “Comércio
Tradicional”, “Senhor Gouveia”, “Segunda Voz”, “Amanhã Logo Se Vê” (romance)
pela Averno; “Coração” livrinhos artesanais pelas artes d'O Homem do Saco, um
poema único, com uma ilustração; dvd’s “Lembranças da Casa do Padre Filipe”,
“Liceu Velho, Liceu Novo”, “A Lagoa”, “Circuito de Vila Real – o início” do
Museu do Som e da Imagem; participação em “Labrador”, “Telhados de Vidro” n.º
5, 9, 10, 12, 15,18, 19, 22, “Cão Celeste” n.º 9, 12 e “Em Lisboa, Sobre o Mar
– Poesia 2001-2010”]
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