terça-feira, 30 de setembro de 2014

Os meus sentimentos

“Os Meus Sentimentos” de Dulce Maria Cardoso

«A condutora, ferida, de um automóvel que chocou com uma árvore atravessada na estrada, em noite de temporal, revive, bloqueada no carro, de cabeça para baixo, não só os incidentes anteriores ao acidente mas farrapos de toda a sua vida. É esta, sumariamente a história de Os meus sentimentos, o segundo romance, originalmente construído e escrito com muita sensibilidade, por Dulce Maria Cardoso.
A mescla de crueza e de senso estético da linguagem produz amiúde um efeito choque, envolvente. Violeta, a vendedora de cosméticos, gasta e rejeitada, que se oferece aos camionistas nas estações de serviço, recorda esse passado próximo e os dias mais distantes do seu viver familiar. Assim vemos surgir nas suas rápidas lembranças, as personganes dos seus pais, da filha, da empregada doméstica, do meio irmão bastardo, um microcosmo que pouco a pouco vem para a luz, com as pequenas vaidades e preconceitos burgueses, no tempo em que Paris era ainda a capital da cultura e do mundo elegante.
Igualmente se vão soltando das malhas da narrativa desarticulada outras figuras, as companheiras de trabalho e convívio de Violeta, a criadita comunista. 
A grande riqueza de todos os eventos memorados, vida em fermentação, com uma grande densidade social, com marcas classistas da época da ditadura, reside na forma como a introspecção se vai fazendo, sem qualquer hierarquia, em manso tumulto. 
Um romance admirável de observação da decadência, das regras, venenos inocentes, escapismos, pequenas maldades de uma família moldada pelos hábitos do regime deposto no 25 de Abril, que ainda se prolongam durante anos após o corte político da situação. 
É, repito, um trabalho de escrita muito moderno, de alta qualidade, que aproveita da oralidade os melhores recursos expressivos, misturando-os com ironia, força e talento.»  [Urbano Tavares Rodrigues, Leitur@Gulbenkian]


Dulce Maria Cardoso nasceu em Trás-os-Montes, em 1964, na mesma cama onde haviam nascido a mãe e a avó. Tem pena de não se lembrar da viagem no Vera Cruz para Angola. Da infância guarda a sombra generosa de uma mangueira que existia no quintal, o mar e o espaço que lhe moldou a alma. Regressou a Portugal na ponte aérea de 1975. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, escreveu argumentos para cinema, gastou tempo em inutilidades. Também escreveu contos. Tem fé, uma família, um punhado de amigos, o Blui e o Clude. Continua a escrever e a prezar inutilidades. Vive em Lisboa.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível da autora os títulos: “O Chão dos Pardais”, “Tudo São Histórias de Amor”, “O Retorno”, “A Bíblia de Lôá – Lôá e a Véspera do Primeiro Dia” ilustrações Vera Tavares, “A Bíblia de Lôá – Lôá Perdida No Paraíso” ilustrações Vera Tavares]

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

traga_mundos com a Galiza


A traga_mundos foi uma das convidadas presentes no encontro “Vencer as Barreiras das Fronteiras” que decorreu no dia 27 de Setembro de 2014, na Casa-Museu de Monção, a convite da Fundación Vicente Risco, de Ourense, Galiza.

«VENCER AS BARREIRAS DAS FRONTEIRAS
Significado e finalidade
O título para o noso encontro, proposto polo Prof. Dr. Viriato Capela, non fai referencia só ás fronteiras político-administrativas que aínda persisten entre a Galiza e o Norte de Portugal. Incide en modo particular nas nosas propias barreiras que imposibilitan derrubar de forma definitiva o que distancia a galegos dunha e doutra raia, quer seca quer húmida.
O noso fin é o de articular accións e intervencións socio-culturais de base, creando unha rede que dende a colaboración no deseño de diversas actividades nas que se impliquen asociacións de base, fundacións, museus, colectivos artísticos, musicais, empresas, particulares, Câmaras e Concellos, ... e que nas actividades que deseñen os diferentes organismos haxa unha porcentaxe importante, que non sexa algo simplemente anecdótico, de participación de elementos do outro lado da raia.
Camiñar, paseniño, cara a normalidade neste tipo de relacións até o punto de consideralas habituais e propias, exentas de calquera percepción de “falso exotismo”.  E despois deste percorrido, que sabemos longo,  conseguir que a a eurorrexión Galiza-Norte de Portugal sexa algo máis que un “nomenclator” administrativo en Bruxelas.»


Estiveram presentes, para além da anfitriã Universidade do Minho, as seguintes organizações: Fundação Academia Galega da Língua Portuguesa, Museu Bernardino Machado, Associação Ponte-Nas-Ondas, IEM – Instituto de Estudos Miñoranos, AGAL – Associaçom Galega da Língua, Associaçom Gentalha do Pichel, Imaxia Software, Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto.

Foi um primeiro encontro informal, facilitado pela empatia de Luís Martínez-Risco Daviña, importante para nos conhecermos, partilharmos informações, ideias, objectivos, aspirações – sobretudo, emoções e afectos. Espaço de convívio e cumplicidades que se prolongou e reforçou ao almoço, no Convento dos Capuchos – Hotel Rural. Partimos com a certeza que diversas aproximações e iniciativas irão surgir nos próximos meses – concretizando os objectivos deste encontro...

A traga_mundos foi ainda convidada para visitar a sede da Fundación Vicente Risco em Allariz e assistir ao evento “Unha Faba, Unha Vida” performance musico-poetica, por Ugía Pedreira e Marina Ural, n’a fábrica de vilanova. [os nossos agradecimentos]

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Etnoflora da Terra de Miranda

“Etnoflora da Terra de Miranda – Cultibos, Yerbas i Saberes” de Ana Maria Carvalho (coord.) e Margarida Telo Ramos

Mais de 100 plantas usadas na Terra de Miranda, com os seus nomes populares, identificação botânica, dicas e outra informação de interesse.

Guia de usos e saberes sobre plantas silvestres e cultivadas, histórias de gente da Terra de Miranda, que connosco partilhou tradições de muitas vidas. Destaca 122 espécies tradicionalmente usadas, indicando modos de fazer e usar. Refere propriedades medicinais e nutritivas e previne para o consumo adequado e seguro, em particular das plantas medicinais. Valoriza o uso sustentável, boa gestão e conservação dos recursos naturais. Regista património cultural e tradição da Terra de Miranda. Dá dicas para distinguir (morfologia) e encontrar (habitat e ecologia) as espécies mais emblemáticas, complementadas com imagens de plantas e usos.
Descrição: 
Este livro tem por base o inventário e a recolha etnobotânica realizada ao longo de dois anos no âmbito do Projeto Cultibos yerbas i saberes, promovido pela FRAUGA, Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, em parceria com o Centro de Investigação de Montanha (CIMO) e a Escola Superior Agrária (ESAB) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).


«"Chegamos à conclusão que associado a um rico património biológico que existe nesta região transmontana, há também um património imaterial em que as pessoas fazem uso das plantas e do seu habitat natural ao longo dos tempos", avançou a investigadora da ESAB, Ana Maria Carvalho.
Este estudo tem igualmente por objetivo relançar novos cultivos de plantas e dar "novas utilizações à biodiversidade vegetal que existe em toda a extensão da região do Douro Internacional".
O projeto teve como objetivos inventariar, recuperar e conservar património etnobotânico considerando as várias componentes - espécies, usos, práticas e saberes em risco de erosão.
Do trabalho realizado ao longo de dois anos resultaram três publicações: Etnobotânica na Terra de Miranda, que sintetiza os principais resultados alcançados pelo projeto; As Plantas e a Gastronomia da Terra de Miranda, que faz uma incursão no universo das plantas e a sua utilização na cozinha transmontana; e o guia Etnoflora da Terra de Miranda, sobre os usos e saberes relacionados com 122 plantas silvestres.
O guia assinala as propriedades nutritivas e medicinas de cada uma das plantas inventariadas e define o consumo adequado e seguro, em particular das plantas medicinais, ao mesmo tempo que elucida para o uso sustentável, boa gestão e conservação dos recursos naturais.» [Rádio Bragançana]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[disponível também os títulos: “Etnobotânica da Terra de Miranda” e “As Plantas e a Gastronomia da Terra de Miranda”]

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Linha do Tua

“A Linha do Tua” de Duarte Belo

O livro é um registo fotográfico da paisagem que a linha percorre e constrói, do quilómetro 0 na foz do Tua até ao seu término em Bragança. O livro tem 212 páginas e 347 fotografias, organizadas em séries temáticas, percurso e panorama geral da linha. 

Este livro é um levantamento fotográfico da Linha do Tua. Do quilómetro 0, na foz do rio Tua, ao quilómetro 133, em Bragança, a linha oferece o caminho e o objecto que nos guia o olhar. As imagens registam o processo de conquista do vale do Tua pela natureza agreste, e a ambiguidade entre a violência e a delicadeza que o rasgamento da linha infligiu na morfologia do terreno. Essa construção permitiu o estabelecimento de um traçado contínuo e homogéneo, onde circularam comboios durante 121 anos, articulando paisagens que seriam naturalmente diversas. O abandono progressivo da linha pôs em marcha uma apropriação no sentido inverso, um tempo em que a Natureza e o Homem começaram a tomar conta dos materiais e das suas formas. O olhar de Duarte Belo regista estes processos sem complexos, com a calma e o tempo do percurso pedestre e com particular reverência ao valor patrimonial dos objectos e da paisagem. O resultado é um registo extensivo do que foi a Linha do Tua.

Duarte Belo (Lisboa, 1968). Iniciou actividade como arquitecto e desde 1989 trabalha como fotógrafo. Tem levado a cabo um levantamento fotográfico sistemático da paisagem portuguesa, tendo publicado vários livros sobre o tempo e a forma do território português.

«A Linha do Tua é, no seu início, paralela à Linha do Douro, e ao próprio rio Douro, mas com um declive ascendente acentuado. Ao infletir para norte, deixa o vale do Douro, e entra no vale do Tua, pela margem esquerda do rio. Numa curta inflexão do trajeto ferroviário, há uma paisagem que se transforma profundamente. Pelo seu carácter inesperado, a vista que se colhe da ponte rodoviária, de onde Orlando Ribeiro fez a fotografia, é das mais impressionantes de todo o percurso da linha ferroviária. Para montante temos o vale do Tua, que neste troço se apresenta muito cavado. É a porta de entrada de um universo surpreendente e único que vamos percorrer. A Ponte das Presas e o túnel com o mesmo nome, que imediatamente se lhe segue, são a primeira expressão de uma intervenção humana que constituiu um dos maiores desafios da engenharia portuguesa do século XIX. Todo o conjunto se encontra perfeitamente enquadrado na paisagem, pois todo ele acaba por revelar uma singular delicadeza face à grandiosidade do vale. No local avançam agora as obras de construção da Barragem de Foz-Tua.» (pp.102-103) [Duarte Belo, Portugal – Luz e Sombra]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[disponível também do autor: “Os Rostos de Jesus – uma revelação” com José Tolentino Mendonça]

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Poemas cativos

“Poemas Cativos” de Manuel Veiga

De novo a montanha como gesto abrupto
Do silêncio íntimo. Percorro veredas d´água
Subterrânea e o magma. E nesse fogo
Se condensam estalactites. Afectos agora
Evanescentes. Essências matriciais ainda...

Fecha-se o círculo. Em redor as brumas
E os rostos. E os cheiros. E esta pedra
Em que trôpego desfaleço. A febre quente.
E o suor frio. E o grito d´alma que voa
Qual corrente. Veleiro sem regresso, nem destino...

A vida? Esquivas corsas que de tão lestas
Se pressentem e apenas no rasto se iluminam...
Fortuitas são as horas. Não o caçador negro
Nem o coração da pedra. Apenas a água 
(E sal da lágrima) são lírios e são heras...

Guardo sôfrego este silêncio e me retiro.
O fogo é agora esta paixão: o eco de calcário

 E meus dedos brasa. Poeira e caliça.

E muros derrubados.
E esta centelha viva que na queda
Se derrama.
Fim de tarde que ao sol se incendeia...


Manuel Veiga nasceu em Matela, Vimioso, e vive na Bobadela, concelho de Loures. É licenciado em Direito, tendo exercido advocacia durante alguns anos, para depois enveredar pela consultadoria jurídica em organismos públicos da Área Metropolitana de Lisboa e na Inspeção Geral da Educação. Foi presidente da Assembleia Municipal de Loures entre 1985 e 1997.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Montedor

“Montedor” de J. Rentes de Carvalho

Ao longo das gerações são sem conta as famílias portuguesas onde há alguém como o triste protagonista de Montedor: rapaz sem futuro, com um passado apenas de sonhos, arrastando-se num presente que é verdadeira morte lenta.

Mau grado a simplicidade das personagens e das cenas, há no romance uma tensão permanente, pode com verdade dizer-se que quase cada página encerra um momento dramático, ou antecipa uma tragédia, a qual, talvez porque raro chega a acontecer, cria um desespero cinzento, retratando bem, e cruamente, os medos e o sofrimento da sociedade portuguesa, passada e presente.

Publicado pela primeira vez em 1968, Montedor é o romance de estreia de J. Rentes de Carvalho, sobre o qual escreveu José Saramago: «O autor dá-nos o quase esquecido prazer de uma linguagem em que a simplicidade vai de par com a riqueza (…), uma linguagem que decide sugerir e propor, em vez de explicar e impor.»

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponíveis as seguintes obras do autor: “Ernestina”, “O Rebate”, “Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia”, “Mazagran”, “La Coca”, “A Amante Holandesa”, “Com os Holandeses”, “Tempo Contado”, “Mentiras & Diamantes”, “Portugal – A Flor e a Foice”]

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Apresentação de livro + sessão de autógrafos


Apresentação do livro “Relevos” de Virgínia do Carmo
por Lídia Borges, com a presença da autora
dia 19 de Setembro de 2014 (sexta-feira), pelas 21h00
no Auditório da Galeria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto
no âmbito da Feira do Livro do Porto 2014
organizado pela livraria Traga-Mundos


Cicatrizes

 Tenho um cerco de cicatrizes na raiz das mãos.
Um muro de sustos entre mim e ti. O desejo
nasce-me informe por todo o corpo e eu não sei
onde colocar os lábios quando a sede me derruba. 

Procuro a minha boca no chão. Mas hoje é isso
que eu sou: um corpo mudo cheio de palavras
por dentro.

"Relevos", de Virgínia do Carmo 

Poética Edições, Setembro de 2014

«Virgínia do Carmo nasceu em Champagnole, França, em 1973. É licenciada em Comunicação Social, tendo exercido jornalismo no início da sua vida profissional. Mais tarde tornou-se livreira e vem desenvolvendo, desde há um ano, um pequeno projecto editorial.  É também autora das obras “Tempos Cruzados” (poesia, Pé de Página Editores, Coimbra, 2004), “Sou, e Sinto” (poesia, Temas Originais, Coimbra, 2010) e “Uma luz que nos nasce por dentro” (contos, Lua de Marfim Editora, Lisboa, 2011).»
  

Sessão de autógrafos de Guilherme Teles, autor da obra “O que podemos retirar destas histórias”
no stand n.º 35
dia 20 de Setembro de 2014 (sábado), pelas 16h00
nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto
no âmbito da Feira do Livro do Porto 2014
organizado pela livraria Traga-Mundos

Guilherme Pereira Teles é uma criança com nove anos e actualmente estuda no Colégio da Boavista em Vila Real.

«Estas histórias foram idealizadas, quando tinha 7 anos, durante uma pequena viagem e mais tarde escritas e ilustradas. (...) Este pequeno escritor escreve frequentemente histórias infantis que guarda só para si. Desta vez decidiu partilhar com outras crianças a magia e a emoção que envolve cada história que escreve.» [ver O Que Podemos Retirar Destas Histórias.]
  

traga_mundos na Feira do Livro do Porto 2014
stand n.º 35
de 05 a 21 de Setembro de 2014
abertura: 2ª a 6ª feira – 15h00 | sábados e domingos – 12h00
encerramento: domingo a 5ª feira – 22h00 | 6ªs feiras e sábados – 23h00
nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto

A livraria Traga-Mundos de Vila Real está PRESENTE na Feira do Livro do Porto 2014 – stand n.º 35 –, levando o mundo literário e cultural de Trás-os-Montes e Alto Douro, de 5 a 21 de Setembro de 2014, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.

Obras em prosa ou poesia; romances, novelas e contos; livros técnicos e revistas temáticas; álbuns infanto-juvenis e de banda-desenhada; de edições de bolso a álbuns de fotografia; de guias turísticos a cd’s e dvd’s; de edições de autor a edições de associações e outras instituições; em português e an mirandés; num esforço para se reunir e apresentar num mesmo local a riqueza cultural e literária da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Traga-Mundos no “Portugal Em Directo” da Antena 1, com Paulo Cunha e Silva, vereador da cultura da Câmara Municipal do Porto, Carlos da Veiga Ferreira, editor da Afrontamento, e um escritor; a propósito da abertura da Feira do Livro do Porto 2014.



Visitem(-nos)...


António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- de 20 de Agosto a 30 Setembro de 2014: exposição 5 cartazes originais das Corridas de Vila Real (1967, 1968, 1970, 1972, 1973), no espaço Traga-Mundos em Vila Real;
- dia 27 de Setembro de 2014 (sábado): participação no encontro “Vencer a barreira das fronteiras – significado e finalidade”, organizado pela Fundación Vicente Risco (Ourense), na Casa-Museu de Monção;
- dia 4 de Outubro de 2014 (sábado): presença com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, e intervenção na sessão de encerramento, no VI Encontro de Didática do Português da DPG - Associação de Professores de Português na Galiza, em A Coruña, Galiza;
- dia 11 de Outubro de 2014 (sábado), pelas 21h00: Traga-Contos, sessão com o contador transmontano Vítor Fernandes, na livraria Traga-Mundos em Vila Real. 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Raízes n.º 2


"Agosto madura, Setembro vindima" diz o velho provérbio popular. Nesta época do ano em que o vinho é produto de destaque, a 2ª Edição da Revista Raízes realça o sector vitivinícola. 

“Raízes – Trás-os-Montes e Alto Douro em Revista” n.º 2, Setembro de 2014, disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...

[e no stand n.º 35 da Feira do Livro do Porto 2014, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, até dia 21 de Setembro]

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

contar contos por Vítor Fernandes

Sessão de contos com o contador transmontano Vítor Fernandes
dia 17 de Setembro de 2014 (quarta-feira), pelas 21h00
no Auditório da Galeria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto
no âmbito da Feira do Livro do Porto 2014
organizado pela livraria Traga-Mundos


«Vítor Manuel Azevedo Fernandes, licenciado em história variante arqueologia, natural do Reino Maravilhoso de Trás-os-Montes. Na infância passava o tempo a ouvir as histórias contadas pela sua avó, e para adormecer pedia histórias à sua mãe. Um dia tropeçou nos contos e relembrou toda a infância e todo o tempo passado a ouvir histórias, rapidamente a cabeça foi invadida por questões tais como: mas como contar e o que contar. Encontrou respostas na Escola de Narração Oral de Clara Haddad e começou a fazer formação, fez ainda formação com vários contadores internacionais.
Desde de 2010 narra profissionalmente. Narrador que busca manter a força da tradição, seu repertório é repleto de contos de amor, de humor, de vivacidade, astúcia e emoção da tradição oral portuguesa.»


traga_mundos na Feira do Livro do Porto 2014
stand n.º 35
de 05 a 21 de Setembro de 2014
abertura: 2ª a 6ª feira – 15h00 | sábados e domingos – 12h00
encerramento: domingo a 5ª feira – 22h00 | 6ªs feiras e sábados – 23h00
nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto

A livraria Traga-Mundos de Vila Real está PRESENTE na Feira do Livro do Porto 2014 – stand n.º 35 –, levando o mundo literário e cultural de Trás-os-Montes e Alto Douro, de 5 a 21 de Setembro de 2014, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.

Obras em prosa ou poesia; romances, novelas e contos; livros técnicos e revistas temáticas; álbuns infanto-juvenis e de banda-desenhada; de edições de bolso a álbuns de fotografia; de guias turísticos a cd’s e dvd’s; de edições de autor a edições de associações e outras instituições; em português e an mirandés; num esforço para se reunir e apresentar num mesmo local a riqueza cultural e literária da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Traga-Mundos no “Portugal Em Directo” da Antena 1, com Paulo Cunha e Silva, vereador da cultura da Câmara Municipal do Porto, Carlos da Veiga Ferreira, editor da Afrontamento, e um escritor; a propósito da abertura da Feira do Livro do Porto 2014.



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António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- de 20 de Agosto a 30 Setembro de 2014: exposição 5 cartazes originais das Corridas de Vila Real (1967, 1968, 1970, 1972, 1973), no espaço Traga-Mundos em Vila Real;
- dia 19 de Setembro de 2014 (sexta-feira), pelas 21h00: apresentação do livro “Relevos” de Virgínia do Carmo, no Auditório da Galeria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, no âmbito da Feira do Livro do Porto 2014;
- dia 20 de Setembro de 2014 (sábado), pelas 16h00: sessão de autógrafos de Guilherme Teles, autor da obra "O que podemos retirar destas histórias", no stand n.º 35 da Livraria Traga-Mundos, na Feira do Livro do Porto 2014;
- dia 27 de Setembro de 2014 (sábado): participação no encontro “Vencer a barreira das fronteiras – significado e finalidade”, organizado pela Fundación Vicente Risco, na Casa-Museu de Monção;
- dia 4 de Outubro de 2014 (sábado): presença com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, e intervenção na sessão de encerramento, no VI Encontro de Didática do Português da DPG - Associação de Professores de Português na Galiza, em A Coruña, Galiza;
- dia 11 de Outubro de 2014 (sábado), pelas 21h00: Traga-Contos, sessão com o contador transmontano Vítor Fernandes, na livraria Traga-Mundos em Vila Real. 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O Pobre, o Burro e o Centeio na Feira do Livro do Porto 2014

 
Apresentação do livro “O Pobre, o Burro e o Centeio”
de António Guilherme Sá de Moraes Machado
dia 12 de Setembro de 2014 (sexta-feira), pelas 21h00
no Auditório da Galeria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto
no âmbito da Feira do Livro do Porto 2014
organizado pela livraria Traga-Mundos, com o apoio da editora Lema d’Origem


“O Pobre, o Burro e o Centeio” de António Guilherme Sá de Moraes Machado, ilustrações de Alberto Péssimo

«Ainda nas décadas de 50 e 60 do século XX, o estatuto desta tríada era, sensivel­men­te, o que atrás se descreve. A evolução da sociedade em todas as vertentes, social, económica e cultural, obrigou a uma profunda alteração dos padrões de vida, geralmente no bom sentido.
Sem que nada fizesse para isso, o pobre, o burro e o centeio viram, apesar das vicissitudes que quase levaram à extinção do burro, os seus estatutos profundamente alterados, passando de párias à condição de excelência.
É certo que, lá no fundo, essa evolução civilizacional nada mais fez do que permitir, no caso do burro e do centeio, trazer ao de cima, realçar, as reais qualidades e potencialidades geneticamente existen­tes em qualquer um deles, colocando-os num patamar condizente com o seu real valor.» António de Moraes Machado

António Guilherme de Sá de Moraes Machado nasceu a 10 de Novembro de 1935, na Vila de Mogadouro. Fez a instrução primária em Mogadouro. Fez o curso liceal em Bragança e no Porto. Licenciado em Medicina pela Universidade do Porto. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Especialista em Pediatria pela Ordem dos Médicos. Médico Efectivo dos Serviços Médico-Sociais. Médico do Dispensário Materno-infantil do Foz do Sousa. Médico Especialista do HSA. Presidente da Comissão Instaladora da Creche e Infantário do HSA. Revisor do Protocolo Nacional de Revisão e Utilização Hospitalar. Presidente da Comissão de Humanização do HSA. Professor Auxiliar Convidado do ICBAS. Coordenador do Ensino-Graduado para a Pediatria no Projecto Social do Banco Mundial para a Guiné-Bissau. Coordenador de inúmeras Conferências e Palestras subordinadas a temas como Alimentação e Cuidados Primários Pediátricos. Co-autor de mais de duas dezenas de trabalhos ligados à Medicina. Galardoado com o prémio Doutor Raúl Figueiredo (em cooperação com Margarida Guedes, Célia Madaleno e Dulce Oliveira), pelo trabalho “Gravidez não vigiada, que risco infeccioso no recém-nascido”. Co-fundador da Liga dos Amigos do HSA. Membro da Comissão Cultural do HSA. Co-fundador da Clínica Pediátrica do Porto. Galardoado com a Medalha de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesa. Presidente da Câmara Municipal de Mogadouro. Presidente da Associação de Municípios do Douro Superior.
   

traga_mundos na Feira do Livro do Porto 2014
stand n.º 35
de 05 a 21 de Setembro de 2014
abertura: 2ª a 6ª feira – 16h00 | sábados e domingos – 12h00
encerramento: domingo a 5ª feira – 22h00 | 6ªs feiras e sábados – 23h00
nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto

A livraria Traga-Mundos de Vila Real está PRESENTE na Feira do Livro do Porto 2014 – stand n.º 35 –, levando o mundo literário e cultural de Trás-os-Montes e Alto Douro, de 5 a 21 de Setembro de 2014, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.

Obras em prosa ou poesia; romances, novelas e contos; livros técnicos e revistas temáticas; álbuns infanto-juvenis e de banda-desenhada; de edições de bolso a álbuns de fotografia; de guias turísticos a cd’s e dvd’s; de edições de autor a edições de associações e outras instituições; em português e an mirandés; num esforço para se reunir e apresentar num mesmo local a riqueza cultural e literária da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Traga-Mundos no “Portugal Em Directo” da Antena 1, com Paulo Cunha e Silva, vereador da cultura da Câmara Municipal do Porto, Carlos da Veiga Ferreira, editor da Afrontamento, e um escritor; a propósito da abertura da Feira do Livro do Porto 2014.



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António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- de 20 de Agosto a 30 Setembro de 2014: exposição 5 cartazes originais das Corridas de Vila Real (1967, 1968, 1970, 1972, 1973), no espaço Traga-Mundos em Vila Real;
- dia 17 de Setembro de 2014 (quarta-feira), pelas 21h00: sessão de contos com o contador transmontano Vítor Fernandes, no Auditório da Galeria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, no âmbito da Feira do Livro do Porto 2014;
- dia 19 de Setembro de 2014 (sexta-feira), pelas 21h00: apresentação do livro “Relevos” de Virgínia do Carmo, no Auditório da Galeria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, no âmbito da Feira do Livro do Porto 2014;
- dia 20 de Setembro de 2014 (sábado), pelas 16h00: sessão de autógrafos de Guilherme Teles, autor da obra "O que podemos retirar destas histórias", no stand n.º 35 da Livraria Traga-Mundos, na Feira do Livro do Porto 2014;
- dia 27 de Setembro de 2014 (sábado): participação no encontro “Vencer a barreira das fronteiras – significado e finalidade”, organizado pela Fundación Vicente Risco, na Casa-Museu de Monção;
- dia 4 de Outubro de 2014 (sábado): presença com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, e intervenção na sessão de encerramento, no VI Encontro de Didática do Português da DPG - Associação de Professores de Português na Galiza, em A Coruña, Galiza;
- dia 11 de Outubro de 2014 (sábado), pelas 21h00: Traga-Contos, sessão com o contador transmontano Vítor Fernandes, na livraria Traga-Mundos em Vila Real. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

na TSF, por Fernando Alves

Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real, na TSF, pela arte e sensibilidade de Fernando Alves.

Gente d’Ouro – Traga-Mundos – por Fernando Alves – 1

Gente d’Ouro – Traga-Mundos – por Fernando Alves - 2




terça-feira, 2 de setembro de 2014

Leitura de João de Araújo Correia

“Papagaios de Papel – Leitura de um conto de João de Araújo Correia” de Maria da Assunção Anes Morais

«"Papagaios de papel - Leitura de um conto de João de Araújo Correia". O lançamento fez parte do evento organizado pela Tertúlia e pelo Agrupamento de escolas que levam o nome deste autor duriense, com a colaboração da Câmara Municipal do Peso da Régua. Da autoria de Maria da Assunção Anes Morais, conta ainda com a colaboração da Dr.ª Helena Gil, presidente da Tertúlia e do neto do contista, também ele João de Araújo Correia.
Fica a capa deste livro que foi construída com base numa imagem de um dos papagaios que foram lançados, esta manhã, do cais da Régua.» [blogue Alecrim e Alfazema]


Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível da autora os seguintes títulos: “Entre Quem É! – Tradições de Trás-os-Montes e Alto Douro no Diário de Miguel Torga” e “Pe. Avelino – Memórias do Pároco de S. Martinho”]

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Os rostos de Jesus

“Os rostos de Jesus – uma revelação” de José Tolentino de Mendonça, fotografias de Duarte Belo

"Os Rostos de Jesus - Uma Revelação" é uma viagem fotográfica de Duarte Belo pelas representações de Jesus crucificado que se podem contemplar no alto dos cruzeiros de pedra existentes sobretudo no Norte de Portugal.
São mais de 100 fotografias de esculturas tendo por fundo o céu azul, que permitem apreciar a expressão facial e corporal do Jesus Cristo que cada artífice da pedra, em cada lugar, soube criar.
O texto, assinado pelo diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, José Tolentino Mendonça, interroga-se sobre a variedade de rostos e perspetivas sobre Jesus. [Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura]

A leitura do texto do Prof. José Tolentino Mendonça é indispensável para compreender estas imagens e o subtítulo Uma Revelação. O autor explica que a diversidade de interpretações que a arte faz do rosto de Jesus traduz a incerteza sobre o seu rosto histórico. Mas, para além disso, também demonstra a impossibilidade de uma imagem captar a verdade completa sobre Jesus, porque ele é «ponto de interseção entre o divino e o humano».

Hipóteses para um rosto
José Tolentino Mendonça

«Num certo sentido, não deveríamos estranhar que o rosto de Jesus seja um enigma. A pergunta que se impõe é: não é assim cada rosto humano? Haverá objeto mais fugidio do que um rosto, qualquer rosto? O filósofo Emmanuel Lévinas tratou longamente o problema e explicou que um rosto ultrapassa a cada instante a imagem que temos dele. O rosto não se define, exprime-se simplesmente. Isto é, traz consigo uma noção de verdade que não está no desvendar, mas na evidência da sua autoapresentação.


O que é um rosto? As aproximações ao rosto de Jesus são necessariamente plurais. Não é por acaso que em vez de oficializar um Evangelho, o cristianismo primitivo optasse por pôr quatro narrativas no cânone: não é a monodia que nos permite captar Jesus, mas a polifonia, com as suas variantes, os seus contrastes, os seus silêncios e singularidades. Do mesmo modo, isso é-nos dito pela apaixonante massa de estudos que a contemporaneidade tem produzido sobre o Jesus histórico. O que é o seu rosto? O rosto de um simples judeu? De um judeu marginal? De um profeta escatológico? De um revolucionário social? De um sábio itinerante, igual a tantos outros que o mundo greco-romano conheceu? De um homem santo? De um camponês do Mediterrâneo?

O rosto de Jesus, ponto de interseção entre o divino e o humano, está claramente na história, mas também para lá dela. Sabemos, por isso, que nenhuma imagem, por si só, capta a verdade completa de Jesus. Não podemos, no entanto, deixar de interrogar as imagens que hoje a investigação histórica e crítica se empenha em produzir. Por mais ténue que seja o traço que cada uma nos forneça, todas juntas decifram um pouco mais o enigma que o rosto de Jesus representa.»

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível “Os Cruzeiros da Diocese de Vila Real” de Padre João Parente]